sábado, 11 de junho de 2011

FORASTEIRO


Ando pelas estradas da vida
Sinto o cheiro da terra batida pela chuva
Não tenho medo do escuro, não mudo o meu jeito de ser
Gosto da poesia que exala.
Meus sentidos me chamam a caminhar
Não tenho teto...tenho o mundo
Dentro do seu mistério me convida
A andar ...a conhecer os mais doces sabores
Durmo ao vento ..debaixo da árvore
Vejo o sol de manhã cedo, pego minha bagagem e lá se vou pela estrada.
Encontro no caminho de tudo
O respeito me fez hospitaleiro de um
mundo sem destino.
Apenas caminho ...não penso em nada encontrar.
O cheiro da terra ....os olhos na serra
É que me fazem amar...
As quedas d’água que jamais voltarei a ver
fotos não tiro...registro tudo em meu ser
Sou forasteiro do chão ...
do sol fiz meu irmão
A lua minha luz que brilha.
Quem sabe amanhã me levanto
E como o chamar do canto
Me deixo encantar pela moça que vive a galopar pelos matos
Pego carona a cavalo e para o infinito eu aceito
o seu cheiro e me deixo levar.
Forasteiro eu sou ...
Essa é minha sina...não tenho a hora da partida...
O meu coração bate em disparada ...sem nada deixar ...
Nem minha marca por onde eu passar...
Sou eu que me deixo marcar pelas estradas que me transformam
em viajante desta forma de amar.

Um comentário:

  1. Quanto do "forasteiro" não temos dentro de nós? E quanto dele não apagamos na pressa de ganhar tempo? E quanto tempo não perdemos na pressa de apagá-lo?

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