quarta-feira, 8 de agosto de 2012

"Teu gosto".



 
Proibibo
gostoso
teu gosto
provei.
Não divido
sinto
escondido
gostei.
Sou sua
mulher
amante
te achei.
Toco
permito
mistérios
vivo
teu ser.
Paixão
sou tua
estrada
caminha
dirija
perfuma
minha vida
és meu.



"Minha metade".



Meu pedaço.
Minha metade.
No terraço de casa,
não vejo no final da tarde,
o sol que me traz você.
Não reconheço seus passos
no barulho do vento,
o seu cheiro não sinto.
Por onde andas, o meu amor?
Que caminhos, escolheu para caminhar,
se não os meus?
Permaneço sentado.
A espera da moça mais bela
que o amor no meu coração floresceu.
Talvez se perdeu?
Não encontras o caminho.
Será que sua memória esqueceu,
o lindo romance que viveu?
ou sou eu, pobre apaixonado, que espero triste,
agora, sozinho, o amor que nunca,
foi meu.

"A árvore que não era minha".


A menina da janela
sempre via a árvore que crescia.
Perdia horas, sem ver passar,
não entendia o porquê, de tanto cuidar.
No seu quintal, não havia espaço, para crescer,
uma árvore como aquela.
De tronco fino e pouca folhas,
logo cresceu.
A menina de tantas tarefas não percebeu,
o quanto o tempo passou,
e com lágrimas nos olhos, chorou de saudades,
 de um dia, poder tocar em sua árvore amiga.
A menina começou a olhar, o que a árvore trazia para sua vida.
Observou que o muro crescia, e já a árvore linda, pouco via.
Em uma noite, preocupada em perder a sua amiga.
Abriu a janela, e com lençóis amarrados, desceu o muro que tanto cresceu.
Com as pontas dos pés, aproximou-se da árvore que a saudou com um belo abraço.
Buscou água e a regou, e a sua amiga mais linda ficou.
As gargalhadas saiam e barulho com as folhas a árvore feliz vazia,
a menina lhe contou dos dias que mais a amou, das flores mais belas, do outono que suas folhas levou.
Cansada a pobre menina, sentou-se aos pés da árvore, sorriu ao lembrar-se da infância, em querer uma árvore, só sua.
O sono chegou e a menina moça, nos seus sonhos entrou.
Acordou com a luz do sol em seu quarto, do seu lado viu uma caixa de papel embrulhado e percebeu que ganhou um presente.
Quando abriu, sua lágrima caiu, ao ver lindas sementes, percebendo que era o presente,
deixado por sua árvore amiga.
Correu para janela para vê-la e agradecê-la.
Olhou e mesmo com as pontas dos pés,
não alcançou,
 o que o alto muro,

 levou.